sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Sobre o dia dos Namorados



Faltava mais de um mês para o tão falado Dia dos Namorados e já as lojas da cidade se encontravam repletas de coraçõezinhos, ursinhos de peluche, almofadinhas, postais e mais uma panóplia de objectos vermelhos, cor-de-rosa e afins com inscrições tão banalizadas nos dias de hoje e que acabam sempre por me dar uma enorme vontade de rir. Não, não gosto deste dia pois penso que é apenas um pretexto para o comércio fazer negócio, para os restaurantes terem uma enchente e fundamentalmente para os casais competirem entre si sobre quem recebeu/ofereceu a prenda mais cara (quanto maior valor monetário tiver o que ele/a te deu mais ele/a te ama).
O amor perdeu todo o significado nos dias que correm, talvez todos os sentimentos bons o tenham perdido. Todos os dias são dias para o amor, todos os dias são dias para fazer um piquenique ou passear de mão dada junto ao mar, todos os dias são dias para ver um filme, jantar juntos, oferecer chocolates e receber uma flor. Todos os dias são perfeitos para dizer "Eu Amo-te" e para o mal de muito boa gente tudo isto não se compra com dinheiro.
Não, não estou a escrever isto porque não tenho quem me ofereça uma almofada bem pirosa a dizer "Sonha Comigo" neste dia. Na verdade, já disse ao meu namorado que não o quero celebrar como toda a gente o faz. Quero sim, fazer simplesmente o que fazemos todos os dias, que são muito, muito especiais e sem acessórios e sempre o vão ser. 

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